A arte indígena mais uma vez teve seu espaço no Festival de Inverno de Bonito. Uma valorização de pessoas que não são valorizadas. Mesmo assim mais uma vez a direção do evento deu o espaço para os belos trabalhos das etnias atkun, kinikinau, ofaiê, guarani ñnahdeva, guarani kaiowa, terena, guató na Tenda dos Saberes Indígenas, instalada na Praça da Liberdade. Em sua maioria mulheres artesãs participam do estande os visitantes puderam conhecer diversos trabalhos como colares, pulseiras, cerâmica, bolsas, jarros e cocares. A matéria prima é diversa, sendo utilizada argila, penas, bambu, folha d’água, uma espécie de palma, dentre outras.
O artesanato indígena de Mato Grosso do Sul contempla peças feitas em cerâmicas, cestarias, argila, dentre outros. A qualidade do artesanato é excelente e a variedade de estilos impressiona. Em vários municípios existem diversas associações e grupos familiares que produzem o artesanato, alguns com certificado de origem emitido por entidades competentes. Um trabalho que sem dúvida alguma já marcou seu espa;o nos festivais realizados pelo governo do Estado.
Vale ressaltar que a Tenda dos Saberes Indígenas surgiu na gerência do arte-educador Caciano Lima que sempre se preocupou em levar a educação e cultura em geral para a comunidade e conhecimento popular. É sabido que a educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: através da educação em arte, o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e pelas diferentes culturas.
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