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Artigo - O profeta Jesus em Nazaré, por P. Osmar Resende



Domingo no Blog do Alex Fraga é dia de artigo com o pároco da Igreja Nossa Senhora do Salete, P. Osmar Resende, sdb, com " O profeta Jesus em Nazaré".


O PROFETA JESUS EM NAZARÉ

Osmar Resende sdb


Nenhum profeta é aceito em sua terra, diz Jesus (cf Mc 6,1-6).

Jesus, quando se torna adulto, deixa Nazaré, sua terra, seus familiares e passa a viver em Cafarnaum, onde provavelmente forma uma comunidade de discípulos. De vez em quando saía em missão, perambulando pela Judeia, Samaria e Galileia.

Eis que Jesus volta à sua terra, provocando, por um lado, admiração pela sua sabedoria, pelos seus milagres e por outro lado, rejeição, menosprezo por parte dos seus.

Jesus não era Mestre da Lei, fariseu, levita, sacerdote do templo. Era um cidadão comum no meio do povo. Trabalhador, missionário. E o que Ele ensinava? A arte do bem viver, do conviver harmoniosa e pacificamente. Por isso era mestre do perdão, da bondade, da misericórdia. Vivia as bem-aventuranças que ele pregava.

Jesus era desapegado das coisas. “Não tinha onde reclinar a cabeça” (Mt 8,20). Usava de mansidão, de misericórdia. Vivia e pregava a justiça, a fraternidade, a solidariedade. Vivia a pureza de coração incontestavelmente.

Agora, ao chegar em Nazaré, enfrenta a resistência de seus conterrâneos. Aí não opera nenhum milagre. Diferentemente de outras cidades em que era acolhido pelo povo e lhe apresentavam os doentes, os miseráveis...

Jesus, na sua aparência, não se diferenciava das demais pessoas. Não usava vestes sacerdotais (não era sacerdote), nada que o distinguisse dos demais. Nenhum cetro, nenhuma coroa, nenhuma faixa.

O cargo na sociedade, na igreja, não deve distanciar das pessoas. Não se deve colocar num pedestal.

Certa vez um padre salesiano italiano foi visitar a terra natal do Papa João XXIII. Ele disse que João XXIII foi um grande papa. Um parente seu disse simplesmente que ele tinha sido um bom “cristão”. Antes de mais nada devemos nos esforçar para sermos bons cristãos. Ou, como dizia Dom Bosco: “bons cristãos e honestos cidadãos”.

Corremos o risco de fazermos da vida um teatro. Mascarando os personagens, dando importância demasiada aos papeis que desempenhamos na vida e esquecemos do essencial, as virtudes básicas, fundamentais da caridade, do amor, preocupando-nos mais com as aparências do que a vivência cristã, que nada mais é do que o exercício pleno de nossa humanidade, programada por Deus para nós, que nos leva à felicidade.

Oxalá tenhamos o bom senso de seguir as pegadas de Cristo, que nos conduzem ao verdadeiro bem, à verdadeira felicidade.

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