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Cinema - Projeto Olubayo estreia neste sábado em comunidade quilombola

Foto do escritor: Alex FragaAlex Fraga


***Aline Lira*** - - - - -


O projeto "Olubayo – Cinema nas Comunidades Quilombolas" inicia suas atividades neste sábado (1º), com a primeira sessão de cinema ao ar livre na Associação Comunidade Negra Rural Quilombola Águas do Miranda, em Bonito, a partir das 19h. A iniciativa, idealizada pelo grupo TEZ (Trabalho Estudos Zumbi), leva a magia do cinema para comunidades quilombolas do Mato Grosso do Sul, promovendo momentos de cultura, reflexão e reconexão com a ancestralidade.


“Quando o cinema chega até os quilombos, ele não só diverte, mas reafirma uma história de luta e ancestralidade. A comunidade se vê, se reconhece e se fortalece por meio dessas narrativas, que mostram que a população negra tem uma voz potente e urgente dentro do audiovisual brasileiro”, destaca Bartolina Ramalho Catanante, a professora Bartô, uma das idealizadoras do projeto..


Olubayo, que faz parte das comemorações pelos 40 anos do grupo TEZ (Trabalho Estudos Zumbi), busca democratizar o acesso ao cinema, exibindo filmes de cineastas negros que abordam temáticas como resistência, identidade e valorização da cultura afro-brasileira. Após cada sessão, serão realizados debates com os moradores, promovendo uma rica troca de experiências e reflexões sobre as histórias e temas retratados nas obras.


A potência de narrar nossas próprias histórias - Raylson Chaves, diretor do filme "Águas", que integra a programação, celebra a oportunidade de apresentar seu trabalho em uma comunidade quilombola. “Levar meu filme às comunidades quilombolas do Mato Grosso do Sul é reafirmar que nosso cotidiano importa muito e está cheio de histórias. Possibilitar que as pessoas vejam a Dona Janice romper com a ideia de que mulheres negras precisam se dedicar ao trabalho incansavelmente é potente e transgressor. Ela traz essa urgência de um futuro onde podemos dizer ‘não’ e ficar em paz com isso. Quando nossas histórias são feitas por nós, criamos caminhos possíveis para todos os corpos negros”, afirma.


Além de “Águas”, serão exibidos outros 4 curtas-metragens. São eles: “Fábula da Vó Ita”, de Joyce Prado; “Bonita”, de Mariana França (nacionais); “Luzes Debaixo”, de Tero Queiroz; e “Jardim de Pedra – Vida e Morte de Glauce Rocha”, de Daphyne Schiffer (Mato Grosso do Sul). Todas as obras foram produzidas por cineastas negros.


Uma celebração aos 40 anos do grupo TEZ - O projeto Olubayo marca um momento especial na história do grupo TEZ, que em 2025 celebra quatro décadas de luta e resistência. Fundado em 1985, o grupo foi a primeira entidade do movimento negro no Mato Grosso do Sul, atuando no combate às desigualdades sociais e promovendo a valorização da história e cultura afro-brasileira. Ao longo de sua trajetória, o TEZ inspirou outros movimentos negros e consolidou seu papel como referência na luta por ações afirmativas e políticas públicas.


Mais informações sobre as próximas sessões serão divulgadas no perfil oficial do projeto no Instagram do projeto (@olubayo_cinemanegro).


*** É jornalista

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