O poeta judeu-ucraniano Leonid Pervomaisky, afirmou um dia: "Pouco importam as notas na música, o que conta são as sensações produzidas por ela". Quem assistiu a apresentação musical de Antonio Porto (sem o acendo sim), o show "As canções que me formaram", no último sábado, no pequeno e acolhedor espaço Teatro Grupo de Risco, em Campo Grande (MS), pode ter essa sensação gostosa de ouvir música de qualidade, mesclada com as nuances e transformadoras notas do violão desse grande artista sul-mato-grossense, que reside há um tempo em São Paulo (justamente por não ter o reconhecimento profissional que merece, pra variar). Mais de 100 pessoas privilegiadas ouviram músicas que podemos definir como encantadoras. Ele fez uma viagem em sua trajetória musical, cantando desde o disco Tropicália passando por Pannis et Circencis (Mutantes), a qual disse que foi sua primeira grande influência e paixão pela música brasileira. Uma plateia recheada de artistas, amantes da arte, assistiu Antonio Porto com muita atenção e silêncio a cada música que era rompida apenas com aplausos calorosos a cada final de uma canção. O show apresentado por ele voz e violão deu para perceber (o que não é novidade, principalmente para esse jornalista), que esse artista é singular, e muito além do que se faz por essas bandas de cá. Grandes músicos de Campo Grande estiveram atentamente ouvindo Antonio, mas os considerados da "nova geração", praticamente nenhum esteve no local. Talvez é por essas coisas que penso ainda que tempos tenebrosos estão para chegar na música sul-mato-grossense. Se você está iniciando nas artes, o óbvio é ir conhecer o que é bom. A desinformação (sinônimo de ignorância) com certeza é um ponto crucial ainda empregado em alguns desses "novos talentos". Mas continuamos... O músico, cantor e compositor da geração de ouro do Mato Grosso do Sul, Gilson Espíndola teve a oportunidade de subir ao palco e cantar Renato Teixeira. Um instante de brilho!. Antonio estava feliz, não só pelo show da comemoração de sua celebração de "bodas de diamante de vida". Mas, porque estava cantando músicas que gosta e para uma plateia de velhos e bons amigos amantes da arte. Brincou, sorriu, emocionou-se e contou algumas de suas aventuras na Europa e mostrou influências musicais africanas. Cantou também uma das mais belas canções de seu vasto e primoroso repertório: "Cordel Chinês", parceria com Alexandre Lemos. Um primor e sempre tocando com arranjos diferentes. É isso que faz o grande artista. Assistir o show "As canções que me formaram", foi suavizar minha mente e corpo ainda dolorido devido um acidente. Ouvir Antonio foi especial para todos que estiveram no Teatro Grupo de Risco... perdeu e muito que não foi!. Amei!!!
.
,
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
ANTÔNIO PORTO: UMA NOITE INESQUECÍVEL EM CELEBRAÇÃO À MÚSICA
Nesta noite, a música tomou conta, para celebrar os 60 anos de vida e 45 de carreira de Antônio Porto. O show, que lotou o espaço, foi uma experiência única e emocionante para todos os presentes.
Por uma hora e meia, o público foi transportado para um universo de melodias e emoções, conduzido apenas pela voz marcante e o violão de Antônio Porto. A cada acorde, a cada canção, a plateia se entregava, em um silêncio respeitoso quebrado apenas pelos aplausos calorosos ao final de cada música.
O repertório, cuidadosamente escolhido, passeou por diferentes momentos da carreira do artista, relembrando clássicos que marcaram gerações e apresentando novas composições que revelam a…