Como já era previsto, Ney Matogrosso entrou pontualmente às 22h30 minutos para mostrar seu show no Bosque dos Ipês, em Campo Grande (MS). Mas, infelizmente parece que o campo-grandense insiste em chegar atrasado em eventos musicais ou teatrais. Por mais que os produtores avisem do horário, não adianta, a saga dos ditos "atrasadinhos" continua. Talvez seria melhor divulgar um horário "fake" com pelo menos 30 minutos de antecedência, quem sabe isso resolva. Na verdade é desrespeito e uma falta de educação para com quem chega antes. Uma imbecilidade fora do comum. Mas, o show em si foi bom e com uma produção impecável, mesmo com o artista cantando algumas canções do considerado lado B. A reação do público nessas músicas era quando ele dançava (marca registrada em suas apresentações). Abriu seu espetáculo com a canção de Sérgio Sampaio, "Eu quero é botar meu bloco na rua". Em seguida veio com Rita Lee, Jardins da Babilônia e O beco, dos Os Paralamas do Sucesso. Já sei, de Itamar Assumpção foi uma das músicos do labo B, como havia dito, que o público praticamente não sabia cantar, mas aplaudiu com entusiasmo. A conhecida "Pavão Misterioso", de Ednardo fez com que o povo voltasse a cantar. Outras do chamado lado B retornaram, como "Tua cantiga"(Chico Buarque), "Uma maçã", de Raul Seixas (essa um pouco mais conhecida) fez com que alguns cantassem. "Iolanda" outra de Chico Buarque foi uma das que o público mais aplaudiu, e natural, foi é um grande sucesso. Nesse ritmo Ney Matogrosso continuou cantando vários clássicos, como "Postal de amor", "Ponta do lápis, ambas de Raimundo Fagner e Chico; "Corista de Rock", da eterna Rita Lee, outra que fez o público vibrar e dançar. Lembrou uma linda canção de Itamar Assumpção, "Já que tem que" e de Paulinho Moska, "O último dia". "Inominável" de Carlos Rennó veio em seguida, talvez uma das poucas que o público não conhecida, porém é do novo álbum do artista. Já por faltando poucas canções para o final do show, é óbvio que Ney Matogrosso não poderia deixar de cantar "Sangue Latino", da sua época de Secos e Molhados, a bela canção "Poema", de Roberto Frejat, "Como dois e dois" de Caetano Veloso e "Homem com H". E nessa de ter bis, avisou antes que já iria cantar e só sair para ir embora, e fez o que fez. Na verdade Ney Matogrosso neste show no Bosque dos Ipês em Campo Grande (MS), chegou chegando que até mesmo porque não deu boa noite em sua entrada no palco e muito mesmo um tchau ao término do show. Foi o show do ano? Sinceramente não, já que em termos de musicalidade e interação com o público, o do Djavan foi melhor. Mas, Ney Matogrosso é realmente singular. Mais um vez vale destacar a produção perfeita por Pedro Silva Promoções e Jamelão: impecável num show que valeu muito a pena assistir !
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6 comentarios
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Parabéns pela crítica corajosa. Realmente campo-grandense sempre chega atrasado em shows e teatro. Absurdo.
Fernanda Monteiro
Campo Grande MS
Acho apenas que a carta de vinho é muito cara nesses shows. Tbm os frios. O show foi bom.
Sonia de Paula
Campo Grande MS
Adoro suas críticas. É o único que escreve a verdade. Jornalistas publicam o evento e não escrevem o pós. Parabéns Alex.
Cristina Lourenço
Campo Grande MS
Fui no show. Cheguei cedo e entrei tranquilo. Depois vi um tumulto e pessoas chegando atrasadas. Absurdo.
Vânia de Barros
Campo Grande MS
Esse atraso o campo-grandense adora. Parece noiva. Sempre assim.
Marcelo Novaes
Campo Grande MS