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  • Foto do escritorAlex Fraga

Crítica – “Irmãos de Alma”: cinema com tema forte e atual no Festival de Bonito

O curta-metragem do cineasta sul-mato-grossense Filipi Silveira, “ Irmãos de Alma” , que foi exibido na tarde desta sexta-feira no Festival de Inverno de Bonito, nada mais é do que uma leitura da realidade vivida em vários lares, onde o estupro de um pai em uma filha é compartilhado em segredo a um amigo de infância e que posteriormente o drama gera vingança e receio da perda de uma amizade pura entre duas pessoas que se conhecem desde a infância. Um filme que apesar de usar apenas uma locação (Parque Itanhangá, em Campo Grande - MS), prende a atenção do espectador a todo instante.


Atuando como ator, o cineasta Filipi Silveira (Rui) tem esse diálogo não só de palavras que envolvem discussão, raiva e desconfiança, com a maravilhosa atriz Nadja Mitidiero (Thelma), em uma interpretação impecável. Esse segredo que reabriu a grande cicatriz de um passado, mas que sempre era vivido pela amiga, coube assim a vingança (pode-se dizer que até natural do amigo, partindo do pressuposto do pensamento dessa amizade), que quase mata o pai estuprador.


Com o foco apenas nos dois atores, o filme tem imagens interessantíssimas e uma fotografia magistral. Filipi Silveira consegue assim mais uma vez relatar em seus curtas, a realidade vivida dentro do âmbito familiar ou mesmo pessoal de muita gente. São apenas 19 minutos e 46 segundos preciosos que mostram também a sensibilidade desse grande cineasta que merece ser mais valorizado. Instantes mágicos de captação desde o início no filme, onde um muro pichado com uma frase poética: ‘Quero mudar o mundo usando as borboletas”, lembrando a eterna frase do poeta Manoel de Barros, que usa ao invés de “mudar” e sim renovar, até a outra imagem próxima de uma roda de parque de praça. Pura sensibilidade em mostra folhas, plantas e água límpida de um córrego.



Assistir o curta-metragem “Irmãos de Alma” em um telão, sem dúvida foi uma sensação agradável, apesar do tema forte. Uma realidade crua e nua dos fatos que que é quase que um cotidiano, principalmente nas famílias mais carentes. Só que mais uma vez Filipi mostra que não é apenas em famílias com renda baixa, mas na classe alta, afinal, a violência e o assédio nas mulheres e crianças não se limita apenas em uma classe social. Um filme que deve ser assistido por todos!

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