Poesia - Chuvas de saudade e solidão..., por Marcos Coelho
- Alex Fraga
- há 9 horas
- 2 min de leitura

Sábado no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o escritor e poeta de Dourados (MS), Marcos Coelho, com "Chuvas de saudade e solidão...".
Chuvas de saudade e solidão...
Marcos Coelho
Pensamento como nuvens...
Sonhos feito algodão doce...
Sabor latente ao olor do cozimento...
A velha onça esturra vibrante na mata...
O som aterrador...
O medo em saudades de sentir o pranto...
A criança choraminga no berço...
A velha e o bolinho de chuva...
Polvilho com canela e açúcar...
A carta vai mal escrita na escrivaninha...
Os ósculos dos velhos venerando...
O decrépito por sol envelhecido e difícil de entender...
Antítese do velho com o novo...
Haja desequilíbrio nessa saudade!
Por muitos anos, achei que era só minha, a saudade...
No entanto, percebi que era coletiva...
Que todo mundo tem saudade...
Tem até saudade de ter saudade...
Essa é a mais pura verdade,
O devaneio de sentir algo que já não condiz...
Não condiz com nada da realidade...
O tempo é implacável e provoca esse sentir...
O ‘ele’ ou o ‘ela’ de uma frase...
O sentir roto e triste de um pano de fundo desbotado...
O alinhavo triste de linhas totalmente quebradiças...
Linhas vencidas de palavras malsinadas...
Ditados e adágios populares que ensinam...
E desmentem tudo que se acreditava ser real...
O abandono no altar...
O evento ao ar livre quando desaba a tempestade...
Acabaram as borboletas...
Mataram-se todas as lagartas...
O ciclo foi interrompido...
A sagacidade sem saga nenhuma...
Muito menos, inteligência...
Os velhos sinos agora badalam...
O bom Papa jaz para a Eternidade...
Esperanças, lágrimas de saudade...
Fraternidade interrompida...
Expectativas...
Lá fora, chuvas de saudade e solidão...
A Paixão do Cristo e das mães dadivosas...
Prosa, poesia, verbo e rima...
Palavras, palavras, verdades, temas, teoremas...
Saudades sempre eternas e plenas...
Somente enquanto dure a memória.
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