Poesia - Uma mulher qualquer, por Paulo Portuga
- Alex Fraga
- 9 de abr.
- 1 min de leitura

Quarta-feira no Blog do Alex Fraga é dia de poesia com o músico, poeta, escritor e professor Paulo Portuga (Dourados MS), com "Uma mulher qualquer".
UMA MULHER QUALQUER
Conheci Rosa
Na primavera da minha vida
Tinha os cabelos de pétalas
E cheiro de almíscar
Seu jeito me atraía
Feito imã de neodímio
Fiquei enamorado
Mergulhei de cabeça
Sem se importar com as diferenças
E como tudo que começa
Um dia acaba
Mudei de cidade
E o laço se desfez...
Depois de um tempo
Encontrei Ana
Que enfileirava palavras
Feito um rosário
Dizia que me amava
Mas era sacana
Fugiu para o estrangeiro
Com um guerrilheiro
Sem selva e sem grana
No verão de uma tarde quente
O amor foi pego de surpresa
Numa emboscada morreu
Antes ele do que eu...
Quando o outono deu as caras
Apareceu Maria
Chegou de mansinho
Numa beleza rara
Me apaixonei novamente
Mas Maria mentia
Tinha mania de perseguição
Amarrava meus versos
Num rabo de pipa
E soltava as minhas mãos
Quando estava bem no alto
Só para ver a queda
Que não passava do chão...
Já é inverno
Não espero mais ninguém
Nem fulana e nem sicrana
Agora sou só eu
Dentro de mim um mundo
Sem peixe de aquário
Sem solução, sem mentiras
Sem maldades, sem remorso
Com tempo para perder
E me perder de novo
Entre braços e pernas
Desde que não seja
De uma mulher qualquer...
...
Paulo Portuga, 07/04/2025.
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Eita quero ouvir essa historia kkkkk
Legal